1. APONTAMENTOS INICIAIS
Para compreender os ataques do Irã a Israel no dia 13 de abril, é preciso, em primeiro lugar, investigar a postura do governo iraniano no Oriente Médio nas últimas décadas, e, a seguir, fazer um recorte geográfico, de modo a pesquisar o embate entre persas e judeus. Ao se debruçar sobre a maneira como o Irã se porta ante seus vizinhos, esse artigo fará um esforço para entender os objetivos do próprio país no que tange à dinâmica regional de seu entorno geográfico, e para indicar como e por qual motivo ele financia determinados atores não estatais alinhados à sua doutrina. Após discorrer sobre o embate entre Irã e Israel, a presente pesquisa fará uma breve contextualização histórica da relação bilateral para, a seguir, tratar de três conflitos recentes entre as partes. Em um primeiro momento, o atentado terrorista do Hamas a Israel no dia 7 de outubro de 2023; posteriormente, o bombardeio israelense à embaixada do Irã na Síria em 01 de abril de 2024; por fim, os ataques iranianos a Israel do dia 13 de abril do mesmo ano. O estudo em questão será concluído com breves considerações acerca da balança de poder do Oriente Médio no que respeita à guerra entre Israel e Hamas (e o envolvimento direto do Irã no conflito), bem como acerca da missão político religiosa do Irã na região que teve início com a Revolução Iraniana (1978-1979).
2. POSTURA DO IRÃ NO ORIENTE MÉDIO
2.1 Objetivos do Irã
O preâmbulo da Constituição do Irã de 1979 aponta os motivos, algumas características e certos resultados da Revolução Iraniana de 1978-1979. Partindo de um verso[1] corânico que cita apóstolos que foram comissionados para lutar por e estabelecer a justiça, o documento afirma que os objetivos da comunidade (ummah) muçulmana foram apresentados e defendidos durante aquele mesmo movimento revolucionário. Ademais, a Lei Maior enfatiza que a “razão óbvia e fundamental para o fracasso de [outros movimentos políticos iranianos] […] foi a sua falta de uma base ideológica” (CONSTITUTION OF IRAN, 1989, p. 5, tradução nossa) [2], enquanto que a “característica básica desta revolução […] é a sua natureza ideológica e islâmica” (CONSTITUTION OF IRAN, 1989, p. 5, tradução nossa)[3]. Fica evidente, portanto, que o regime iraniano estabelecido após 1979 está ancorado em um conjunto de crenças políticas e religiosas – isto é, em uma ideologia xiita duodecimana – que delimita e norteia sua agenda política tanto na esfera doméstica, quanto no âmbito internacional.
Para este artigo, o que importa é o que os iranianos almejaram com: (1) esse próprio movimento; (2) com a redação de trechos que estão na Constituição de 1979 e que tratam de questões como deveres religiosos, sentimento nacionalista e forma/sistema de governo que está baseada em um suposto “verdadeiro islã” (que é o xiita duodecimano); e (3) com a promulgação da própria Carta Magna de 1979. Nesse sentido, a própria Lei Maior destaca que a revolução de 1978-1989 culminou em um processo de limpeza política e religiosa, bem como no ressurgimento do apreço por uma visão de mundo islâmica. Não à toa, o documento enfatiza que intenta “realizar os objetivos ideológicos do movimento [revolucionário] e criar condições que conduzam ao desenvolvimento do homem, de acordo com os valores nobres e universais do islã” (CONSTITUTION OF IRAN, 1989, p. 7, tradução nossa)[4]. Crucial, portanto, é se debruçar sobre as maneiras escolhidas pelo governo iraniano para cumprir tais objetivos e sobre os valores islâmicos que contribuem para a construção e o amadurecimento da sociedade. Dito de outra maneira, é importante estudar a ideologia xiita duodecimana e o modus operandi para utilizá-la em processos de tomada de decisão e para exportá-la para outros países xiitas.
A Constituição do Irã é mais uma vez útil nesse sentido. A nona seção de seu Preâmbulo, intitulada Um Exército Ideológico, afirma que o Exército da República Islâmica e o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica se orientam pela fé islâmica e pela ideologia xiita duodecimana iraniana; possuem uma atribuição em nível doméstico, que é a defesa das fronteiras nacionais; e são responsáveis “pelo cumprimento da missão ideológica do jihad à maneira de Deus; isto é, estender a soberania da lei de Deus por todo o mundo” (CONSTITUTION OF IRAN, 1989, p. 8, tradução nossa)[5]. Já o capítulo X, intitulado Política Internacional, afirma no artigo 154 que o país “apoia as lutas justas dos mustad’afun contra os mustakbirun em todos os cantos do globo” (CONSTITUTION OF IRAN, 1989, p. 34, tradução nossa, grifo nosso)[6]. A palavra mustad’afun pode ser traduzida como oprimido, enquanto o termo mustakbirun se refere ao arrogante, e, portanto, em se tratando de política internacional, descreve a relação entre países opressores e oprimidos. Entre aqueles se encontram, conforme o governo iraniano, os EUA e o Estado de Israel, por exemplo, já entre esses, é possível citar países xiitas como o próprio Irã.
Entendido que há uma missão de cunho político-religioso a ser cumprida pelo Irã no cenário internacional, é preciso apontar como esse processo se dá na prática. Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, o Irã passou a se envolver de maneira mais assertiva – mas não direta – no próprio imbróglio. Foi por esse motivo que a República Islâmica começou a fornecer suporte de cunho religioso, ideológico, político, logístico e militar para os chamados movimentos islamistas autointitulados de resistência e opositores de Israel, entre os quais citam-se o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina, nos territórios palestinos. Todavia, como está estabelecido na Carta Magna do Irã, a missão em questão não se restringe a Israel, pelo contrário, almeja outras partes do mundo, razão pela qual o regime iraniano passou a patrocinar outras organizações extremistas islâmicas. São exemplos desses grupos terroristas: o Movimento Houthi, que atua basicamente no Iêmen; a Brigada Baqir, na Síria; a Organização Badr, no Iraque; e as Brigadas Al-Ashtar, no Bahrein (COUNCIL OF FOREIGN RELATIONS, 2024; MENASHRI, 2004). Essa, portanto, é uma das maneiras pelas quais o Irã pretende cumprir sua missão: se valer de atores não estatais para confrontar, de maneira indireta, seus inimigos, como o Estado de Israel.
3. O EMBATE ENTRE IRÃ E ISRAEL
3.1 Contextualização histórica
O fim da dinastia Pahlevi, em 1979, pode ser considerado um marco temporal e, portanto, um evento crucial para entender as relações iraniano-israelenses. Quando o regime iraniano sob o então xá Mohammad Reza Pahlevi (1919-1980) chegou ao fim, o período de diálogo entre iranianos e israelenses também se encerrou, e isso se deu basicamente por dois motivos. O primeiro concerne às acusações feitas pelos iranianos de que os israelenses estavam diretamente envolvidos na Revolução Iraniana (1979); vale asseverar que o Estado judeu foi mais culpado do que quaisquer outros países mencionados pelos iranianos. O segundo diz respeito à questão palestina, pois, a partir de então, os iranianos passaram a defender que tal imbróglio se trata, à bem da verdade, de “uma cruzada religiosa contra um conflito político-nacional” (MENASHRI, 2004, tradução nossa)[7]. Desde 1979, portanto, o Irã tem se valido de uma postura antissionista e antissemita e tem adotado uma “estratégia de dissuasão” (CHATHAM HOUSE, 2024, tradução nossa)[8] através dos atores não estatais mencionados no parágrafo anterior (MENASHRI, 2004; CHATHAM HOUSE, 2024). Fica evidente que as relações iraniano-israelenses têm sido marcadas tanto por divergências religiosas e políticas, quanto por confrontos indiretos por parte dos persas, que utilizam grupos terroristas islâmicos para minar Israel.
3.2 Atentado terrorista do dia 7 de outubro
Posto isso, importante é observar a guerra entre Hamas e Israel sob a perspectiva da influência iraniana no Oriente Médio. Como é sabido, nas primeiras horas da manhã do dia 7 de outubro de 2023, o grupo terrorista islâmico em questão deu início a uma série de ataques terroristas a Israel – por vias terrestre, marítima e aérea – que ficou informalmente conhecida como Operação Dilúvio de al Aqsa. Na ocasião, mais de 2.500 foguetes foram disparados em direção ao Estado judeu e ao menos 1.500 terroristas adentraram o sul e o centro de Israel. A ação mais brutal se deu em Supernova, uma festa rave que estava acontecendo nas imediações da colônia agrícola (kibutz) Re’im; somente nesse evento, foram contabilizados 1.200 civis mortos e cerca de 240 civis feitos reféns. Tudo isso permite afirmar que esse foi o maior ataque terrorista já sofrido pelo estado israelense dentro de suas fronteiras. Desde então, Israel deu início a operações militares contra o chamado Eixo do Mal (ou Eixo da Resistência), que é encabeçado pelo Irã e composto pelos atores não estatais mencionados anteriormente – isto é, aqueles patrocinados pelo próprio governo iraniano com o intuito de cumprir seus objetivos religiosos, políticos e militares em países majoritariamente muçulmanos.
Passados três meses, isto é, no dia 21 de janeiro, o Hamas se manifestou pela primeira vez acerca do atentado terrorista. Em um documento de dezesseis páginas, a organização extremista islâmica afirmou que o ataque “foi um ‘passo necessário e uma resposta normal a todas as conspirações israelenses contra a população palestina’”, se posicionou de maneira assertiva contra “todo projeto internacional ou israelense” para a Faixa de Gaza e enfatizou que o “povo palestino tem a capacidade de decidir seu futuro e gerenciar seus assuntos internos”. Não resta dúvida, portanto, que o Hamas agiu sob a justificativa de que o Estado de Israel é um inimigo a ser combatido, dada a sua postura ante a questão palestina.
3.3 Bombardeio de 01 de abril
O embate entre o Hamas e as Forças de Defesa Israelense (IDF, na sigla em inglês) não cessaram; pelo contrário, ambas partes permanecem medindo forças na Faixa de Gaza e em locais militar, religioso e politicamente estratégicos do Oriente Médio. No dia 01 de abril, às IDF bombardearam uma instalação anexa à embaixada do Irã em Damasco, na Síria, operação militar essa que matou Mohammad Reza Zahedi, alto comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, e ao menos seis membros da Força Quds, o destacamento internacional de elite da própria Guarda Revolucionária. O ataque à uma instalação diplomática do Irã e a morte de um membro do alto escalão das forças armadas iranianas foi bastante para acirrar os ânimos entre as partes e levar o Irã às vias de fato. (ATLANTIC COUNCIL, 2024) Fica evidente, então, que esse episódio é vital para entender os ataques de 13 de abril, bem como para pensar em cenários concernentes à escalada do conflito entre iranianos e israelenses às margens da guerra entre Hamas e Israel.
3.4 Ataques do dia 13 de abril
Dada a escalada de tensão entre iranianos e israelenses resultante do assassinato de Zahedi, o governo do Irã mudou sua abordagem e adotou uma postura mais firme para com o Estado judeu. Em 13 de abril, o regime iraniano realizou, pela primeira vez em sua história, um ataque direto ao Estado judeu, ocasião na qual enviou e disparou mais de 300 projéteis[9]. Importante é mencionar que Iraque, Síria e Iêmen participaram, de maneira simultânea, da operação militar. Segundo o porta-voz das IDF, o contra-almirante Daniel Hagari, essa ofensiva começou às 23h (horário local) e foi anunciada em Israel, pela primeira vez, quase três horas depois, isto é, por volta das 01h45, quando sirenes começaram a soar em Israel. (THE TIMES OF ISRAEL, 2024) A mencionada mudança de tom e de abordagem por parte do Irã em relação a Israel é evidenciada nesse episódio, pois, como dito, foi o primeiro confronto direto por parte do governo iraniano – que, todavia, ainda conta o suporte de atores não estatais e de governos nacionais onde tais grupos terroristas estão localizados.
Entrementes, os israelenses registraram uma ocorrência grave[10] e algumas ocorrências leves[11], e isso se deu por quatro motivos. Em primeiro lugar, porque Israel e seus aliados já estavam esperando por essa retaliação desde o bombardeio do dia 01 de abril; em segundo lugar, e consequentemente, porque países do Golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, forneceram informações de inteligência que contribuíram para a contraofensiva aérea; em terceiro lugar, porque os EUA lideraram uma coalizão militar, composta também pelo Reino Unido e pela França, que interceptou os projéteis antes mesmo de entrarem no espaço aéreo israelense; em quarto lugar, porque, como de costume, as IDF utilizaram o Domo de Ferro e o Flecha 3 (FOLHA DE S.PAULO, 2024; THE TIMES OF ISRAEL, 2024) para neutralizar[12] os ataques aéreos. É importante mencionar que o Irã não esperava causar grandes danos a Israel, dada a discrepância militar. Ademais, os seus alvos eram instalações militares, e não a população civil. Os ataques, portanto, foram feitos com o intuito de demonstrar a insatisfação do regime iraniano para com Israel e, ao mesmo tempo, não escalar mais ainda o conflito.
4. DINÂMICA REGIONAL
Contribui para esse debate, por fim, apontar como alguns países do Oriente Médio se posicionaram ante o ataque a Israel. Além de Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, que já foram citados por terem contribuído com a operação defensiva israelense, Kuwait, Omã, Catar e Bahrein se opuseram a operação militar, enquanto a Jordânia foi além e derrubou aeronaves e mísseis que adentraram seu espaço aéreo. Iraque, Síria e Iêmen, a seu turno, ajudaram o Irã a disparar mísseis em direção a Israel, fato esse que leva o leitor a relembrar que o regime iraniano apoia organizações extremistas islâmicas como a Organização Badr, no Iraque; a Brigada Baqir, na Síria; e o Movimento Houthi, no Iêmen (ATLANTIC COUNCIL, 2024). Se, por um lado, alguns países e grupos terroristas majoritariamente xiitas não hesitaram em apoiar a ação iraniana, outros países, como a Arábia Saudita, que se porta como líder da comunidade sunita, deixaram claro que não pretendem agir contra o Estado de Israel nesse caso.
Desde 1979, a “missão ideológica” (CONSTITUTION OF IRAN, 1989, p. 8, tradução nossa)[13] do Irã tem sido levada adiante com o auxílio de Estados e organizações extremistas islâmicas majoritariamente xiitas que se percebem vítimas de países sunitas e/ou ocidentais. Como dito, se trata, ainda conforme o regime iraniano, de uma batalha entre um país oprimido (mustad’afun) por nações arrogantes (mustakbirun) desde antes da Revolução Iraniana de 1978-1979. Entre tais nações, se encontra o Estado de Israel, que outrora foi um parceiro estratégico, mas que, desde aquele movimento revolucionário, tem sido classificado como um inimigo a ser varrido do mapa. Por essas razões, o regime iraniano tem patrocinado grupos terroristas, como o Hezbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina, com o intuito de se unir aos esforços feitos pelas suas próprias forças armadas, entre as quais se destaca a Guarda Revolucionária. Os três confrontos explorados ao longo desse artigo ilustram essa conjuntura e mostram que os ataques do dia 13 de abril não são um evento isolado, antes, são parte e/ou consequência de uma guerra por procuração envolvendo as demandas e os objetivos do governo iraniano na esfera doméstica e principalmente no nível externo.
Escrito por: David Neder Issa, Doutorando em Relações Internacionais (PUC Minas), mestre em Relações Internacionais (PUC Minas), especialista em Estudos Diplomáticos (CEDIN) e graduado em Relações Internacionais (Ibmec BH). Membro do Grupo de Estudos em Oriente Médio e Magreb (GEOMM), do Grupo de Pesquisa do Centro de Estudos em Política, Relações Internacionais e Religião (CEPRIR – CNPq/UEPB) e do Laboratório de Estudos em Oriente Médio (LEOM).
REFERÊNCIAS
ALCORÃO SAGRADO. Tradução de Samir El Hayek. São Paulo: FAMBRAS, 1974.
Ataque-surpresa terrorista do Hamas por terra, mar e ar sem precedentes nas últimas décadas deixa centenas de mortos e dezenas de reféns em Israel. O Globo, Rio de Janeiro, 07 out. 2023. Disponível em: https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/10/07/ataque-surpresa-macico-por-terra-mar-e-ar-sem-precedentes-nas-ultimas-decadas-deixa-mais-de-200-mortos-em-israel.ghtml. Acesso em: 16 abr. 2024.
Hamas diz que ataque de 7 de outubro era necessário contra Israel, mas afirma que ‘caos’ levou a ‘falhas’. O Globo, Rio de Janeiro, 21 jan. 2024. Disponível em: https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/01/21/hamas-diz-que-ataque-de-7-de-outubro-era-necessario-contra-israel-mas-admite-que-caos-levou-a-falhas.ghtml. Acesso em: 16 abr. 2024.
Iran and Israel: A Couple at Odds. The Wilson Center, Washington, DC, 04 fev. 2004. Disponível em: https://www.wilsoncenter.org/event/iran-and-israel-couple-odds. Acesso em: 16 abr. 2024.
IRAN CHAMBER SOCIETY. The Constitution of Islamic Republic of Iran. [S. l.], 1979. Disponível em: https://www.iranchamber.com/government/laws/constitution.php. Acesso em: 6 dez. 2023.
Iran fires some 300 drones, missiles at Israel in first-ever direct attack; 99% downed. The Times of Israel, Jerusalem, 14 abr. 2024. Disponível em: https://www.timesofisrael.com/iran-launches-wave-of-drones-at-israel-in-first-ever-direct-attack-idf-braces-to-intercept/. Acesso em: 16 abr. 2024.
Iran’s attack on Israel was not the failure many claim but it has ended Israel’s isolation. Chatam House, London, 15 abr. 2024. Disponível em: https://www.chathamhouse.org/2024/04/irans-attack-israel-was-not-failure-many-claim-it-has-ended-israels-isolation. Acesso em: 16 abr. 2024.
Iran’s constitution at the heart of regime’s aggressive policies. Arab News, Jeddah, 25 fev. 2019. Disponível em: https://www.arabnews.com/node/1457836. Acesso em: 16 abr. 2024.
Iran’s Regional Armed Network. Council on Foreign Relations. Washington, DC, 15 abr. 2024. Disponível em: https://www.cfr.org/article/irans-regional-armed-network. Acesso em: 16 abr. 2024.
Most GCC states condemned the attack on the Iranian embassy complex in Syria. An escalation is what they fear most. Atlantic Council, Washington, DC, 5 abr, 2024. Disponível em: https://www.atlanticcouncil.org/blogs/menasource/gcc-israel-syria-iran-embassy-strike-escalation/. Acesso em: 16 abr. 2024.
O que se sabe sobre o ataque aéreo do Irã a Israel. Folha de S. Paulo, São Paulo, 14 abr. 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/04/o-que-se-sabe-sobre-o-ataque-aereo-do-ira-a-israel.shtml. Acesso em: 16 abr. 2024.
Report: Gulf states, including Saudi Arabia, provided intelligence on Iran attack. The Times of Israel, Jerusalem, 15 abr. 2024. Disponível em: https://www.timesofisrael.com/report-gulf-states-including-saudi-arabia-provided-intelligence-on-iran-attack/. Acesso: 16 abr. 2024.
Notas
[1] “Enviamos os Nossos mensageiros com as evidências: e enviamos, com eles, o Livro e a balança, para que os humanos observem a justiça; e enviamos o ferro, que encerra grande poder (para a guerra), além de outros benefícios para os humanos, para que Allah Se certifique de quem O secunda intimamente, a Ele e aos Seus mensageiros; sabei que Allah é Poderoso, Fortíssimo” (Q. 57:25).
[2] the obvious and fundamental reason for the failure of […] their lack of an ideological basis.
[3] basic characteristic of this revolution […] is its ideological and Islamic nature.
[4] to realize the ideological objectives of the movement and to create conditions conducive to the development of man in accordance with the noble and universal values of Islam.
[5] for fulfilling the ideological mission of jihad in God’s way; that is, extending the sovereignty of God’s law throughout the world.
[6] it supports the just struggles of the mustad’afun against the mustakbirun in every corner of the globe.
[7] a religious crusade as against a political-national conflict.
[8] deterrence strategy
[9] Conforme Daniel Hagari, contra-almirante e porta-voz das IDF, foram contabilizados cerca de 170 drones, 30 mísseis de cruzeiros e 120 mísseis balísticos.
[10] Uma menina de 7 anos de idade que estava em uma cidade beduína perto de Arad, foi levada ao Centro Médico Soroka em estado grave.
[11] Ainda conforme Hagari, doze pessoas foram conduzidas ao Centro Médico Soroka, localizada no sul de Israel, e a base aérea de Nevatim, situada no deserto de Neguev, que fica na mesma região do país, teve pequenas intercorrências que não prejudicaram o seu funcionamento.
[12] Ainda segundo Hagari, 99% dos trezentos projéteis foram interceptados pelas defesas aéreas.
[13] for fulfilling the ideological mission of jihad in God’s way; that is, extending the sovereignty of God’s law throughout the world.